“A cultura não é um luxo, mas sim um motor de competitividade, de coesão e também de segurança”. Foi com esta garantia que o eurodeputado Hélder Sousa Silva iniciou a sua intervenção, no plenário de hoje dedicado à Bússola Cultural da Comissão Europeia. Garantindo que a cultura é ainda mais essencial em momentos de crise, o eurodeputado português reiterou a necessidade da UE “nivelar por cima o setor cultural europeu”.
Recordando que o setor cultural e criativo representa 4,2% do PIB da União Europeia e emprega 3,7% da mão de obra, Hélder Sousa Silva mostrou que o impacto da cultura na UE vai muito além dos números: “Numa altura, em que a desinformação é uma ameaça crescente à estabilidade das nossas democracias, a cultura oferece uma defesa essencial, formando um público crítico e capaz de distinguir entre factos e manipulação”. E acrescentou: “Em tempos turbulentos, como os que vivemos, a cultura também é um instrumento de política externa, pois ao projetar os nossos valores no mundo, fortalecemos a nossa posição enquanto europeus”.
O eurodeputado eleito pelo PSD afirmou perante o plenário que “se queremos uma União mais competitiva, mais coesa e mais segura, precisamos de uma estratégia cultural que não fique apenas no papel”, incentivando os responsáveis europeus a promover a inovação no setor cultural, adaptando-o às novas tecnologias e garantindo que seja acessível a todos. “Temos de nivelar por cima no setor Cultural Europeu”, afirmou.
Hélder Sousa Silva reconheceu que já começa a ser traçado um caminho com a Bússola Cultural da Comissão Europeia, o que mostra que a Europa está, “finalmente, a perceber que a cultura não é um luxo, acessível a algumas elites, mas sim um motor de competitividade, de coesão e também de segurança”. Mostrando que a cultura é um pilar da coesão e da segurança da UE, o eurodeputado português, que também é membro da Comissão da Cultura e da Educação (Cult), não tem dúvidas que “sem cultura, não há União Europeia”.