O relatório, da autoria do antigo presidente da Finlândia Sauli Niinistö, apresenta a melhor forma de a UE se preparar para futuras crises civis e militares. O mesmo recomenda que a UE adote uma abordagem mais proativa em matéria de preparação e segurança global, em vez de se limitar a reagir, num contexto de maior propensão a crises e menor previsibilidade.
Na sua intervenção, Hélder Sousa Silva, que tem formação militar e carreira profissional no Exército Português e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, afirmou que “décadas de subinvestimento em segurança e defesa no espaço europeu deixaram-nos completamente vulneráveis”, pelo que o relatório Niinistö acentua a urgência de uma capacidade de resposta que integre tanto o setor militar como o civil.
Considerando que a “segurança é um bem público e a principal função de um Estado”, Hélder Sousa Silva foi perentório ao afirmar que a UE tem como maior responsabilidade assegurar a segurança de todos os seus cidadãos. Para tal, defendeu que “o próximo Quadro Financeiro Plurianual deverá ser um instrumento financeiro, que de forma transversal, seja colocado ao serviço desta causa”.
O eurodeputado social democrata disse ser um defensor do reforço do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, dado que este representa um passo essencial nesta direção. E deu como exemplo “as mais recentes catástrofes que ocorreram na Europa, entre fogos e inundações, face às quais nenhum cidadão ficou imune”.
As recomendações do relatório Niinistö contribuirão para o programa da próxima Comissão Europeia. Mas, para a sua execução, será necessário aumentar o investimento conjunto que Hélder Sousa Silva tem vindo a defender desde o início da legislatura, no âmbito da Comissão dos Orçamentos e da Subcomissão da Segurança e da Defesa, das quais faz parte.