O eurodeputado Hélder Sousa Silva, que integrou a missão de observação eleitoral do Parlamento Europeu (PE) às eleições gerais de Moçambique, manifestou a sua preocupação com a situação política e social que se vive naquele país. No debate, realizado na Sessão Plenária que decorre em Estrasburgo, sobre “A situação política e humanitária em Moçambique”, o eurodeputado português apelou à paz e ao respeito pelo Estado de Direito.
Classificando como “altamente preocupantes” os acontecimentos pós-eleitorais que se vivem em Moçambique, marcados por tensões, confrontos, centenas de feridos, dezenas de mortos e resultados finais ainda não validados, Hélder Sousa Silva apelou a que “todas as partes envolvidas respeitem o Estado de Direito” e que cessem a violência que “nega os princípios e os valores democráticos”.
O eurodeputado português partilhou com os outros eurodeputados ter testemunhado no terreno a “determinação e alegria do povo moçambicano em exercer o seu direito democrático de voto”, no passado dia 9 de outubro. Porém, o cenário alterou-se e, neste momento, os moçambicanos vivem aterrorizados e em constante instabilidade social.
Hélder Sousa Silva congratulou-se com a disponibilidade da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, presidida por São Tomé e Príncipe, para facilitar o diálogo entre as partes, de modo a alcançar-se a resolução do conflito que se instalou após as eleições.
Por último, o eurodeputado português afirmou que a história mostra “que a paz é possível, mesmo em circunstâncias desafiantes”, desejando que o Governo, as forças de segurança, os partidos políticos e a sociedade civil encontrem “o caminho da paz e da democracia que o seu povo anseia e merece”.