A Comissão da Cultura e da Educação do Parlamento Europeu analisou hoje a situação da juventude na Europa, tendo o eurodeputado Hélder Sousa Silva defendido que os mais novos são os mais afetados pelos desafios atuais, como a incerteza económica, o aumento do custo de vida, pressões sobre a saúde mental e, em alguns casos, desilusão crescente com a democracia e a cooperação europeia.
Na qualidade de membro da Cult, o eurodeputado português advogou na reunião com a Direção Geral da Educação, Juventude, Desporto e Cultura a necessidade de a União Europeia acrescentar valor às políticas nacionais de juventude dos Estados-membros, através da mobilidade, do desenvolvimento de competências e de oportunidades de inclusão e inovação. Nesse sentido, Hélder Sousa Silva defendeu a importância de programas emblemáticos, como o Erasmus+, a DiscoverEU ou o Corpo Europeu de Solidariedade, que abriram as portas a milhões de jovens europeus. Porém, o português alertou para a urgência de se efetuarem melhorias nessas iniciativas, tornando-as mais acessíveis às regiões rurais ou periféricas, assim como a jovens que vivem em meios desfavorecidos.
Hélder Sousa Silva chamou ainda a atenção dos presentes para o facto da transição para a economia digital e verde exigir uma atenção renovada às competências dos jovens. Daí ser necessário um foco especial no ensino e formação profissionais, na literacia digital e mediática e no empreendedorismo. “Os nossos jovens devem estar preparados não só para os empregos de hoje, mas também para os de amanhã”, afirmou o eurodeputado eleito pelo PSD.
A saúde mental, tão atual nos dias de hoje, foi outra das chamadas de atenção do eurodeputado português. Hélder Sousa Silva, em representação do Partido Popular Europeu (PPE), apelou a uma maior atenção à saúde mental dos jovens, que está a tornar-se uma questão crítica em toda a Europa, defendendo que “deve ser refletida de forma mais proeminente nas estratégias da UE para a juventude e nas prioridades de financiamento no futuro”.
Ainda na mesma reunião, Hélder Sousa Silva considerou o Corpo Europeu de Solidariedade como uma oportunidade única para os jovens europeus se empenharem, crescerem e contribuírem para a sociedade: “Acreditamos que a solidariedade não é apenas um valor europeu, mas uma ferramenta poderosa para construir uma Europa mais unida, compassiva e resiliente”, declarou.
Desde o seu lançamento, o programa permitiu que inúmeros jovens apoiassem comunidades vulneráveis, contribuindo para projetos ambientais ou respondendo a situações de crise. Hélder Sousa Silva, em representação do PPE, propôs algumas melhorias neste programa, nomeadamente o reforço da inclusão, que permita a participação de jovens com menos oportunidades, abrindo verdadeiramente o programa todos; o aumento da visibilidade e reconhecimento do mesmo, uma vez que muitos jovens ainda não conhecem o programa, nem sabem como este pode ajudar o seu desenvolvimento pessoal e profissional. Hélder Sousa Silva pediu uma comunicação mais forte, assim como melhores ferramentas de reconhecimento, como credenciais digitais e ligações aos percursos do mercado de trabalho. Defendendo que as experiências de voluntariado não devem ser eventos isolados, o eurodeputado pediu ligações mais fortes entre os projetos de coesão económica e social e as oportunidades de acompanhamento, nas áreas da educação, emprego ou participação cívica; assim como um maior envolvimento em áreas como a ajuda humanitária, a recuperação pós-catástrofe ou o apoio à saúde mental dos jovens.
Hélder Sousa Silva terminou, apelando à União Europeia que continue a colocar os jovens no centro do projeto europeu, defendendo os seus valores, respondendo às suas preocupações e reforçando a sua participação.
